A menina e o menino...
A MULHER...
Mulher é como a sabedoria: “ É mais preciosa do que rubis; nada do que você possa desejar se compara a ela” (Provérbios 3:15)
Às vezes, se a gente reparar com cuidado nota uma mulher com os olhos marejados sem que esteja acontecendo aparentemente nada. Quando isso ocorrer, não a questione. Simplesmente a projete em seus braços de forma que ela fique o mais encolhida possível. E faça de seu silencio a extensão de seus braços. Por que? Porque diferente do homem uma mulher sofre mais quando os olhos marejam do que quando deixa as lágrimas caírem. O choro de uma mulher é mais espiritual do que físico. Eu diria que o sofrer de uma mulher é maior quando ela chora pra dentro (só depois desse choro interior é que ela deságua em lagrimas exteriores).
A mulher não é fraca quando se encolhe. Quando isso ocorre ela está tentando dizer que dentro dela tem uma menina presa em um quarto fechado, com receios perante a vida, com momentos de insegurança que quão mais forte ela seja mais dolorosos são estes momentos e mais difícil é se mostrar forte, porque simplesmente vivemos numa sociedade que realmente acredita que homem não chora, e como a mulher conquistou seu espaço ela passa a ser cobrada como uma super personalidade para poder assumir seu trabalho, suas atividades sociais, etc. E então esperam que ela também não chore (quando na verdade tem que ter personalidade para deixar uma lágrima cair de vez em quando).
O HOMEM...
Em muitos momentos da vida, por mais que pareça seguro e forte, o homem tem um menino assustado acorrentado no porão de seu interior [da mesma forma que em muitos momentos da vida a mulher tem uma menina assustada num quartinho escuro de seu interior].
O porão não é apertado é grande e há uma voz [da consciência social] que ecoa repetindo: você tem que ser forte! Você tem que ser um sucesso! Engula o choro! Então, em meio a multidão, e mesmo na companhia da nossa amada, a gente se fecha no porão de nosso interior.
Por isso enquanto os olhos das mulheres marejam o dos homens parecem sempre secos, de tanto “engolir as lágrimas”. E quando transbordam é de uma vez, nem dá tempo de marejar e já desaguamos, numa cachoeira de rios que estavam represados...
Quando amadurecemos e damos nosso braço para proteger a menina que amamos, e deixá-la encolhidinha em nosso braço, assim que ela se encolhe, e baixa a cabecinha amada, e fecha os olhos... É nesta hora que gritamos em silencio sem ela perceber: “Eu ainda não sabia, mas você é parte do oxigênio que eu respiro... e cada minuto longe de ti faz com que sua lembrança seja todo oxigênio que me resta!”.
No fundo, o que a maioria dos homens quer (e na maioria das vezes não admite) é encontrar um esconderijo bendito onde esteja o amor de sua vida... https://m.reavivandoesperanca.webnode.com/news/esconderijo-bendito/
Valdir Amtônio da Silva