Diferença entre "manter a criança em nós" e ser "infantilizado"
Jovens estão crescendo e se tornando adultos, mas confundindo o conceito de “não deixar a criança dentro de si morrer”, com o de “se infantilizar”, no que se chama síndrome de Peter Pan (https://m.reavivandoesperanca.webnode.com/news/sindrome-de-peter-pan/).
Como diz a psicopedagoga Ana Macarini:
“O resultado de tamanha alienação é a ocorrência de meninos e meninas, que serão meninos e meninas para toda a eternidade. Recém-nascidos para sempre, que esperneiam quando algo não sai do jeito que esperavam. Que amarram a cara, quando não são imediatamente atendidos. Que não fazem a menor ideia de como todas as coisas que os cercam vão parar em suas mãos.
Meninos e meninas com vida sexual ativa. Meninos e meninas que não sabem dar importância ou valorização para a formação acadêmica. Meninos e meninas que chegam à vida adulta, sem ter a menor ideia do quanto de dinheiro é necessário para mantê-los. Meninos e meninas que se consideram adultos o suficiente para beber, para fumar, para amanhecer na rua e voltar para suas casas a hora que bem entenderem. Alguns com carteira de motorista em mãos, mas sem juízo suficiente para sentar-se atrás de um volante ou no banco de uma moto. Muitos, sem nenhuma noção de compromisso e responsabilidade”.
DISTINÇÃO ENTRE MANTER A “CRIANÇA EM NÓS” E SER “INFANTILIZADO” (e outros casos em que a pessoa confunde estilo de vida com ser desconectado de sua fase de vida):
É muito positivo manter a criança em nós. Mas, nisso, em muitos casos, pode surgir um equívoco. Não devemos ser adultos infantilizados, ou ainda pior, imitadores de adolescentes em atitudes ou vestes. Devemos crescer e agir como adultos (adultos felizes e sempre joviais, mas adultos. Ser jovial é por exemplo ter sessenta anos e viver intensamente, saindo, passeando, participando da vida social, mas sem querer imitar alguém de dezesseis anos. Ser jovial é ser feliz em cada faixa de idade, cada fase da vida, valorizando cada fase com felicidade e qualidade de vida). Não adianta uma pessoa madura afirmar que é feliz com a idade que tem, mas seu estilo divida expressa achar que as faixas etárias anteriores é que são sempre melhores. Devemos ser satisfeitos com a nossa faixa etária, especialmente quando maduros, pois, se soubermos aproveitar, cada nova faixa de idade acumula novos desafios com a experiência de já ter vivido as anteriores. E se voce se cuida, nao tenha dúvida que na idade adulta voce está muito mais feliz e aprimorado(a), tanto fisica como emocionalmente que quando era adolescente. MANTER A CRIANÇA EM NÓS NÃO É DEIXAR DE CRESCER E SIM NÃO ESQUECER DE QUANDO FOMOS CRIANÇAS. O adulto que procura reservar de vez em quando um tempo para lembrar de sua infância, tende a ser adulto mais feliz, equilibrando postura adulta com o resgate de valores instintivos da infância, sendo assim um adulto mais preparado para priorizar a família e os valores cristãos.
Valdir Antônio da Silva