ANÁLISE CRISTÃ DO SUICÍDIO

ANÁLISE CRISTÃ DO SUICÍDIO

 

Antes de abordarmos este tema polêmico, devo esclarecer alguns pontos: tirar a vida de alguém é transgressão. Tirar a vida de si mesmo é transgressão (algo terrível que ninguém deve por em m ente, e todos devemos procurar ajudar quem enfraqueça e apresente esta tendência). Toda transgressão desagrada ao nosso Deus. Não discutiremos aqui tamanho de pecado e sim o tamanho do perdão de nosso Deus amoroso. Discutiremos aqui até que ponto uma transgressão realizada, nem sempre de forma consciente, significa prova de não existência de fé em uma existência humana inteira, ou prova de que a fé acabou por inteiro naquele instante, determinando perdição eterna. Minha intensão é provocar o debate, que leve a estudarmos a palavra de Deus.

Há muita polêmica no assunto suicídio. Mas, vamos analisar na Bíblia ao invés de simplesmente tomarmos partido nas polêmicas.

Muitos argumentam que um cristão jamais seria capaz de cometer suicídio. Mas, não há passagem na Bíblia que diga categoricamente isso. Quem defende a ideia de que um cristão não poderia cometer suicídio baseia-se geralmente no argumento de que os personagens que chegam a cometer suicídio são todos não cristãos. Isso é o que se chama argumento de silêncio. Mas, a Bíblia não é silenciosa. O que pode e o que não pode ser feito é declarado, o que deve ou não deve ser prova de algo é declarado, sendo sempre clara a afirmação ou o princípio, dentro do seu contexto. E se alguém de fé verdadeira se suicidar devido ao efeito colateral de um remédio químico? Ou após passar por uma doença química, uma depressão, sendo fraco naquele momento? Significa que não tem fé, que não é cristão, ou significa necessariamente que nas outras demonstrações de fé durante sua vida, estas eram falsas, pois a fraqueza daquele momento é prova de uma vida inteira de falsidade? Como ter certeza disso, se na Bíblia não diz que se houve o suicídio tal ato é prova de que toda e qualquer demonstração de fé anterior era falsa?

 

DEUS NOS JULGA POR UM PECADO ISOLADO?

É óbvio que a falta de fé, a escolha em sã consciência em se afastar de Deus levará a morte eterna e não a salvação. Isto é um fato bíblico claro independentemente da concepção que cada um tenha sobre suicídio. Mas, assim como Deus perdoou Davi mesmo com seus sérios erros, ao ponto de considera-lo um homem “segundo seu coração”, por seu arrependimento sincero e sua fé verdadeira, então como podemos radicalizar dizendo que o suicídio em si significa perdição, sem medir o fato do suicida ter sido um cristão admirável nas demais circunstancias de sua vida (ou mesmo que não tenha sido uma cristão exemplar, só Deus sonda o coração do homem e pode avaliar sua condição). LEMBREMOS QUE A BÍBLIA É CLARA AO AFIRMAR QUE DEUS NÃO JULGA O SER HUMANO POR ATOS ISOLADOS. O JUIZO É PELOS ATOS DE TODA UMA VIDA E NÃO POR UM ATO ISOLADO. ALÉM DISSO, ANTES DE DESTRUIRMOS AS ESPERANÇAS DE UMA FAMÍLIA QUE TENHA PERDIDO UM ENTE QUERIDO POR SUICIDIO, LEMBREMOS AO MENOS QUE NÃO SOMOS NÓS QUEM JULGAREMOS E CONDENAREMOS QUEM QUER QUE SEJA (não apenas neste tema como em qualquer outro):

“Não julgueis, para que não sejais julgados.

Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7:1-5).

DEUS É O ÚNICO JUIZ JUSTO. “Longe de ti fazer tal coisa: matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra? " (Gênesis 18:25).

 

DEUS NÃO JULGA NINGUÉM POR UM ATO ISOLADO, ASSIM COMO  NÃO TEM OBRA SUFICIENTE QUE NOS GARANTISSE NOSSA SALVAÇÃO. SOMOS SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE NOSSA FÉ [QUE SE VERDADEIRA TORNA IRRESISTÍVEL FAZER AS BOAS OBRAS, E ISSO É RECONHECIDO POR DEUS. “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12)].

 

Escolher um ato isolado como motivo para a perdição, desconsiderando toda a vida de uma pessoa é:

 

a) contrariar o fato de nosso Deus ser amoroso. Veja:

 

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.

Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nòs devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.

E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele” (1 João 4:8-16).

 

b) contrariar o fato de que fomos justificados por Jesus na cruz. Nós não fomos justificáveis, e sim já fomos justificados, ou seja, Jesus já morreu por nossos pecados, Ele não precisa repetir a ação (Isso não significa que estamos livres para pecar e sim que devemos fortalecer nossa fé, lutando para não pecar e se arrependendo de nossas transgressões, para receber a Graça da Salvação). Veja:

 

“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:38 e 39).

 

Logo, o sacrifício que cobre os pecados que permanecerão conosco até nossa morte, cobrirá um pecado como o suicídio.

Além disso, o argumento de que só os não cristãos ou os traidores da fé aparecem tirando a própria vida parece perder o sentido quando citamos alguém que não é um traidor da fé e sim UM DOS HERÓIS DA FÉ: SANSÃO. Veja: “E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida” (Juízes 16:30).

 

Alguém talvez argumente que no caso de Sansão ele podia cometer o suicídio pois não levaria a perdição por ser escolhido e porque seu motivo foi justo. Ora, todos são tentados, e todos tem a liberdade de escolher, e a escolha errada é igualmente errada para todos, por isso até mesmo Cristo foi tentado por satanás. Cristo não caiu na cilada de satanás. Já Adão, caiu. Sansão foi escolhido, mas o que o fez herói da fé, salvo, não foi ter sido escolhido, mas o fato de ter tido fé verdadeira e honrado a Deus!

Pode-se afirmar que Sansão teve motivo justo para se suicidar, já que assim matou também os filisteus. Assim como quando alguém mata outro por legítima defesa de si, ou dos seus, também consideramos ser justo. Mas, o mandamento diz simplesmente que não se deve matar (não devemos negar passagens como Apocalipse 21:8). Então o que atenua é o fato de encontrarmos um motivo perdoável. Perdoável por aceitarmos as circunstâncias. Sendo assim mencionamos mais uma vez que a discussão se direciona não para o tamanho do pecado mas para o tamanho do perdão de Deus, assim como a infinita compreensão de Deus da condição circunstancial física ou psicológica do suicida.

 

E se o suicídio tiver sido um ato isolado em uma vida cristã? Mesmo se considerarmos a lógica de que um ato deixa de ser isolado se repetido, e assim propenso a perdição, não pode o cristão usar de forma crítica este argumento para o suicídio, já que o ato não pode ser repetido (senão o crente em questão estaria defendendo a reencarnação).

 

Se um suicida não teve fé, se andou contrário ao caminho do Senhor, sua perdição se deve ao fato desta falta de fé, independentemente do suicídio.

Leandro Quadros, antes de citar Ef 4:29 e também Cl 4:6, diz as seguintes palavras a respeito do tema suicídio: “Sejamos misericordiosos e bondosos em nossas palavras. Levemos esperança às famílias que perderam parentes por causa do suicídio, e jamais deixemos pairar qualquer sombra de dúvidas na mente daqueles que ficaram, fazendo-os pensar que “nunca mais verão” aqueles que tanto amam”.

Leia este artigo de André Flores: https://novotempo.com/namiradaverdade/files/2014/06/Suic%C3%ADdio-um-ato-de-esperan%C3%A7a.pdf

 

SE FOR POR SACRIFÍCIO POR ALGUÉM AMADO(A) SERIA UM CASO ESPECIAL EM RELAÇÃO A SALVAÇÃO DO SUICIDA?

Tirar a vida de alguém ou tirar a própria vida é pecado. Nisto todos concordamos. Sacrificarmos nossa vida por alguém é atitude que sem dúvida nós fazemos por amor. Todos nós que amamos a Deus, nos sacrificaríamos e ocuparíamos sem dúvida o lugar de nossa mãe num momento de perigo. Mas, sendo ou não sacrifício isto não muda o fato e que proporcionar morte (a si ou a alguém) ser pecado. Mesmo por sacrifício, o suicídio é pecado. Nossos sacrifícios não anulam nossos pecados. Mas o suicídio é imperdoável?

 

Na verdade qualquer pecado por si só seria imperdoável. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Mas assim como no antigo testamento Deus dava um escape para o transgressor através do sacrifício de um animal inocente, no novo testamento Deus deu seu Filho para uma expiação completa: “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito.” - 1 Pedro 3:18

Na cruz foi oferecido o todo-suficiente sacrifício de Cristo. Ellen G. White declarou que “quando Ele se ofereceu na cruz, foi feita uma perfeita expiação pelos pecados do povo.” (Signs of the Times, 28 de junho de 1899).

OU SEJA, SÓ ATRAVÉS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO É QUE NOSSOS PECADOS FORAM JUSTIFICADOS, E NÃO POR NOSSO SACRIFÍCIO OU POR NOSSAS OBRAS. TODO PECADO SERIA IMPERDOÁVEL SE NÃO HOUVESSE CRISTO, MAS DEUS NOS PERDOA PELA GRAÇA MEDIANTE NOSSA FÉ EM CRISTO.

 

O SACRIFÍCIO NOS MANTÉM NO CMAINHO, mas nossa salvação não  é garantida por nosso sacrifício, pois por mais que seja válido e mostre o caráter cristão (a fé manifesta-se por meio de nossa conduta. tiago 2: 17-18), nenhum sacrifício humano expia o pecado, só o sacrifício de Cristo foi capaz disso, como vimos acima.

Então, a questão volta a ser se o suicídio é ou não perdoável por Deus, independentemente de representar ou não um sacrifício. Do mesmo jeito que a questão é se matar alguém é ou não perdoável por Deus, independentemente de ser ou não uma legítima defesa. Acredito que Deus é capaz de perdoar qualquer pecado, dependendo não de nossas obras e sacrifícios mas de nossa fé em Cristo Salvador, que quando verdadeira inclui fatores como pedir ajuda de Deus para nos arrependermos, assim como força para não cairmos, e misericórdia quando cairmos.

 

Morto não pensa e não fala para poder se arrepender, mas seu pecado de suicídio só nos é certeza de condenação eterna se na ocasião do suicídio ELE FALAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO, POIS ISSO SIM É A ÚNICA CERTEZA BÍBLICA DE SER UM PECADO IMPERDOÁVEL EM TAL CIRCUNSTÂNCIA.

E o pecado contra o Espírito Santo não ocorre por um único ato e sim por etapas (o suicídio talvez seja a última. E se não for?):

 

Primeiro: vez por vez Jesus, mediante o Espírito Santo, bate à porta do coração e pede entrada (Apocalipse 3:20). “Alguém” não abre a porta, deixa-O esperando do lado de fora – com isto está dando o primeiro passo: entristece o Espírito Santo (Efésios 4:30).

Segundo: talvez com medo de que Jesus force a entrada, essa pessoa resiste, usa toda a força para Ele não entrar, pois não deseja a companhia de Jesus. Resistir, portanto, é o segundo passo (Atos 7:51).

Terceiro: para ter certeza de que o Espírito Santo não incomodará mais, procura abafá-lo, apagá-lo (Primeira carta aos Tessalonicenses 5:19).

Quarto:  então, depois de tanto resistir, a consciência e o coração se tornam endurecidos (Hebreus 3:13).

E, em quinto lugar:  finalmente o Espírito Santo abandona essa pessoa. Que triste fim! Na Bíblia temos muitos exemplos de tal experiência. Os antediluvianos (Gênesis 6); Faraó (Êxodo 8:15); Judas (Lucas 22:3); os fariseus (Mateus 12:24).

 

O conceito de se arrepender não é apenas “ter sinceridade em afirmar que não deveria ter feito”, mas também é “de confessar que o que fez ou que está a fazer é errado”. Veja: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1:9). Ou seja, Deus na Sua fidelidade e justiça nos perdoa todos os pecados e nos purifica. Não importa quão terrível tenha sido o nosso pecado, Deus está disposto a nos perdoar. Morto não pode afirmar arrependimento, mas pode confessar DE TODO O CORAÇÃO ser errado o que está fazendo (ou mesmo já ter feito, pois o atentado contra a vida já é o pecado e daí até a vida se esvair ainda existe tempo, especialmente o tempo de Deus). As cartas que os suicidas deixam são geralmente uma declaração de culpa sincera pelo seu ato. E MESMO SEM CARTA, COMO PODEMOS SABER DETALHES DO DIÁLOGO SILENCIOSO NA HORA DA MORTE ENTRE UM SER HUMANO E SEU PAI CELESTIAL?

 

Veja a entrevista do Pr. Costa Jr. Com o Pastor Bullón a respeito do suicídio:

 

“Pr. Costa Jr.: ...Pastor Bullón, alguns telespectadores fazem uma pergunta com certa descrença: existe esperança de salvação para quem comete suicídio?

 

Pr. Bullón: A Bíblia não me diz que sim ou que não, mas na Bíblia encontro a experiência de Sansão. Ele suicidou-se para reivindicar o caráter de Deus que estava sendo denegrido pelos filisteus. No livro de Hebreus, encontramos Sansão na galeria dos vitoriosos. Um suicida, que finalmente foi salvo. Agora, o que acontece na cabeça de um suicida? Quanto tempo o ser humano precisa para dizer: "Senhor perdoa-me, estou arrependido!" Um segundo, dois segundos? Quanto tempo leva um homem para cair do vigésimo andar até o chão?

 

Pr. Costa Jr.: Bem mais que um ou dois segundos!...

 

Pr. Bullón: Se ele se arrepender na metade do caminho, tenho certeza que Deus o perdoa. O que aconteceu no coração, qual foi o clamor dele? Só Deus sabe. Homem nenhum pode se atrever a dizer: "Aquela pessoa está salva ou perdida". Prefiro ter confiança no maravilhoso amor de Deus. Por outro lado, em noventa e nove por cento dos casos, um suicida é uma pessoa que não estava normal. Era um doente, um ser praticamente irracional, inconsciente na hora do suicídio. Não creio que um maravilhoso Deus de amor, como eu conheço, cobre alguém por isso, mas o mistério está nas mãos de Deus! Ele é o dono da salvação. Como poderia condenar ou absolver alguém, quem sou eu? A Bíblia não me dá autoridade para isso.

 

Pr. Costa Jr.: Algumas pessoas escrevem dizendo: "Sou viciado em drogas, não consigo me libertar do fumo, tenho problemas com bebida alcóolica, não consigo dominar meus pensamentos, tenho vontade de me matar..." Para todas essas pessoas existe possibilidade de salvação?

 

Pr. Bullón: Sim. Ah, querido, os seres humanos criam barreiras e diferenças: "Esse é um grande pecador, aquele é mais ou menos, aquele outro tem pecados leves". Diante de Deus, todos pecamos e estamos destituídos da Sua glória. Sou tão pecador quanto você. Preciso tanto de Jesus quanto você. Se sinto paz em meu coração, é porque Jesus me aceitou como sou. Acho que você, não importa quem seja, também pode sentir esta paz. Mas não esqueça: ir a Jesus envolve riscos e o grande risco é que se você permanece Nele, vai ter que ser transformado, porque você não pode continuar vivendo uma vida de promiscuidade, se você se entregou aos braços maravilhosos de Jesus. Portanto, não importa quem é você, venha, abra seu coração, entregue sua vida a Jesus agora”.

 

OBS:

QUAIS AS CAUSAS DO SUICIDIO? O suicídio e os comportamentos suicidas normalmente ocorrem em pessoas com:

• Transtorno bipolar

• Transtorno de personalidade limítrofe

• Depressão

• Dependência de drogas ou álcool

• Esquizofrenia

As pessoas que cometem suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da vida que lhes parece impossível de enfrentar. Muitas pessoas que tentam suicídio estão buscando alívio por:

• Sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por serem um peso para os demais

• Sentirem-se vítimas

• Sentimentos de rejeição, perda ou solidão

 

 

Valdir Antônio da Silva 


Crie um site grátis Webnode