DIFERENTE DO QUE ALGUNS HISTORIADORES AFIRMAM, JESUS SABIA LER E ESCREVER (análise bíblica e histórica deste e outros pontos)
NA TENTATIVA DE TIRAR A CREDIBILIDADE DA BÍBLIA, ALGUNS HSITORIADORES INSISTEM EM MINIMAZAR A CAPACIDADE DOS AUTORES BÍBLICOS (inspirados por Deus), E/OU TATAR COMO MENTIRA AS PALAVRAS, TRECHOS, RELATOS BÍBLICOS. CITANDO UM DOS EXEMPLOS MAIS RECORRENTES É DIZEREM QUE LUCAS USOU O TERMO CIDADE PARA NAZARÉ, AO INVÉS DE VILA OU VLAREJO, MOVIDO PELA INTENÇÃO TENDENCIOSA DE DAR MAIS IMPORTÂNCIA AO LUGAR, AFIM DE JUSTIFICAR O DESENVOLVIMENTO SUFICIENTE PARA QUE CRISTO TIVESSE SIDO ALFABETIZADO.
Antes de mais nada, a própria Bíblia em nenhum momento esconde o quanto Nazaré era menosprezada, insignificante em importância material e social nos tempos bíblicos (por exemplo: Em João 1:46, está escrito: Perguntou Natanael: "Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá? " Disse Filipe: "Venha e veja").
Até porque o fato de Nazaré daquele tempo ser tão inferiorizada, e mesmo assim ter sido escolhida por Deus para a vivência de Cristo, tem uma simbologia muito clara no contexto do plano da salvação, como veremos mais abaixo.
PARA NÓS CRISTÃOS, QUE TEMOS A HUMILDADE DE ADMITIRMOS QUE HÁ UM DEUS MAIOR QUE TODOS NÓS, INDEPENDENTEMENTE DE SERMOS LEIGOS OU INSTRUÍDOS, SABEMOS QUE NÃO IMPORTA O QUE ALGUNS ESTUDIOSOS DIGAM OU DEIXEM DE DIZER CONTRA A BÍBLIA, TEMOS FÉ E CREMOS NA EFICÁCIA DA PALAVRA DE DEUS. NO ENTANTO, PARA QUE QUEM ESTEJA NA CONSTRUÇÃO OU RECUPERAÇÃO DA FÉ, NÃO SE DEIXE INFLUENCIAR POR TAIS QUESTIONADORES, PODEMOS TAMBÉM MOSTRAR QUE A HISTÓRIA E A ARQUEOLOGIA SÃO INSTRUMENTOS QUE REFORÇAM A BÍBLIA. E NO QUE ESTAS CIÊNCIAS NÃO COMPROVEM A FAVOR DA BÍBLIA, TAMBÉM NÃO TEM PROVAS COERENTES DO CONTRÁRIO.
AGORA VEJAMOS O PORQUÊ DA PALAVRA VILA OU VILAREJO NÃO TER SIDO USADA PARA NAZARÉ NOS TEXTOS BÍBLICOS:
É óbvio que Nazaré era uma vila ou vilarejo nos tempos de Jesus. Muito tempo depois é que Nazaré foi considerada oficialmente cidade pelos critérios atuais. Mas, o que realmente importa é que NÃO PODERIA APARECER NO RELATO BÍBLICO O TERMO VILA OU VILAREJO PARA UM CONJUNTO DE CASAS PORQUE NAQUELE TEMPO VILA NÃO TINHA ESTE SIGNIFICADO. A PALAVRA VILA FOI INTRODUZIDA HISTORICAMENTE PELA CIVILIZAÇÃO ROMANA, QUE IMPEROU SOBRE A GALILÉIA, E TINHA PARA ESTA PALAVRA (oriunda do latim) NÃO O SIGNIFICADO DE UM AGLOMERADO DE CASAS E SIM DE UMA PROPRIEDADE INDIVIDUAL, SEJA NA ÁREA RURAL (vila rústica, ou villae rusticae) OU PRÓXIMA À ÁREA URBANA (vila urbana, ou villae suburbane)]. NA DEFINIÇÃO ATUAL É QUE UTILIZAMOS A PALAVRA VILA PARA A NAZARÉ DAQUELE TEMPO.
Para os critérios históricos da época de Jesus, Nazaré era entendida e dita cidade porque mesmo pequena sua população obtinha benefícios comuns ao oferecer serviços aos viajantes que por lá passavam.
PORTANTO, não há erro bíblico em seu relato da cultura da época. Os princípios bíblicos são eternos, atemporais. Mas os costumes mudam e isso não faz diferença alguma para a eficácia bíblica nem tampouco para sua verdade absoluta. [A Bíblia é clara em apresentar os princípios, que são tudo aquilo que não podem mudar, pois são essência de Deus. Assim com é clara em mostrar costumes. Costumes mudam com o tempo e conforme a região, e isso está em concordância com a Bíblia desde que tais adequações não “batam de frente” com os princípios].
O QUE IMPORTA É FICAR CLARO QUE MESMO SENDO UM VILAREJO, OU MESMO UMA ALDEIA, MESMO SENDO MENOSPREZADA POR MUITOS DAQUELE TEMPO, FOI LÁ QUE O SALVADOR CRESCEU. E ISSO POSSUI UMA LÓGICA NO PLANO AS SALVAÇÃO: O SALVADOR, CUJA MENSAGEM É DE HUMILDADE, NÃO PODERIA CRESCER EM UMA CIDADE QUE FOSSE OPULENTA. NAZARÉ DE MÁ FAMA, VÍTIMA DE PRECONCEITOS, FOI RESGATADA POR DEUS E SE TORNOU IMPORTANTE. UM EXEMPLO DE QUE DEUS RESGATA, TRANFORMA.
HÁ ATÉ OS QUE DEFENDEM QUE NAZARÉ AINDA NÃO EXISTIA NOS TEMPOS DE CRISTO. MAS SUA EXISTÊNCIA É HISTORICAMENTE COMPROVADA DESDE ANTES DE CRISTO:
O nome de Nazaré aparece pela primeira vez numa placa que data do século IV ou III a.C, encontrada entre uns fragmentos perto de Cesareia Marítima (cidade da Palestina mandada construir pelo rei judeu Herodes o grande).
JESUS SABIA LER E ESCREVER:
DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO, HÁ OS QUE DEFENDAM QUE JESUS ERA ILETRADO PORQUE NAZARÉ ERA COMPOSTA DE AGRICULTORES ANALFABETOS, COMO OCORRIA COM OS HABITANTES DE LOCALIDADES “INSIGNIFICANTES”, ONDE A BASE ERA MESMO A AGRICULTURA E ARTESANATO. MAS, NOTE QUE A ALEGAÇÃO DE QUE JESUS SERIA ANALFABETO DENTRO DESTA REALIDADE É A SUPOSTA LÓGICA E NÃO UM DOCUMENTO ATESTADO. SENDO ASSIM, APRESENTAMOS OUTRA LÓGICA HSITÓRICA MAIS COMPLETA:
JOSÉ MORAVA EM NAZARÉ MAS NÃO ERA AGRICULTOR E SIM CARPINTEIRO. CLARO QUE CARPINTEIRO ERA UMA PROFISSÃO SIMPLES, E JESUS E SUA FAMILIA ERAM POBRES. [para o império romano, ser "tektôn" (carpinteiro, construtor) era humilhante. Para os romanos, os "tektôns" faziam parte da classe mais inferior da sociedade na época. Pior que eles só a classe dos "dispensáveis" (ladrões, mendigos, diaristas e escravos)].
NO ENTANTO, SER CARPINTEIRO ERA SER MODESTO MAS REPRESENTAVA CONDIÇÕES HISTÓRICAS SUFICIENTES PARA QUE JOSÉ DESSE À JESUS ACESSO A INSTRUÇÃO, DIFERENTEMENTE DOS DEMAIS MORADORES QUE TINHAM PROFISSÃO LIGADA A AGRICULTURA, E EVENTUALMENTE TAMBÉM PRESTAVAM SERVIÇOS AOS VIAJANTES. Ser carpinteiro não era ser uma artesão comum.
Portanto, a lógica HISTÓRICA é muito mais forte a favor da inegável condição de Cristo em ter acesso à instrução. Claro que não à instrução de um doutor da lei, mas acesso à alfabetização e conhecimento da escrita e leitura das leis. E COMO JESUS É O CRISTO, TAIS CONHECIMENTOS SE TORNARAM MAIORES DO QUE TODOS OS DOUTORES DA LEI, AO PONTO DE SER CHAMADO DE MESTRE.
BIBLICAMENTE temos várias referências ao carpinteiro no Velho Testamento. Podemos ler em 2 Samuel 5:11, 2 Reis 12:11, 2 Reis 22:4-6. Em todas estas referências o carpinteiro aparece em primeiro lugar na lista dos profissionais de Construção Civil.
ARGUMENTOS BÍBLICOS SOBRE A INSTRUÇÃO DE JESUS, E A ANÁLISE SOBRE A CREDIBILIDADE HISTÓRICA DOS ESCRITORES BÍBLICOS:
No episódio da mulher surpreendida em adultério. Jesus responde a pergunta dos fariseus escrevendo na areia “Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra” (Jo 8,6).
Episódio em que os judeus, ao ouvi-lo pregar em Jerusalém, se perguntaram maravilhados: “Como é que este é letrado, se não estudou?” (Jo 7,15). JESUS NÃO TEVE ESTUDOS AVANÇADOS, MAS ERA LETRADO.
ABAIXO VAMOS CITAR UMA DAS AFIRMAÇÕES NA BÍBLIA DE QUE JESUS SABIA LER E ESCREVER, MAS TAL AFIRMAÇÃO É MUITO QUESTIONADA POR ALGUNS HISTORIADORES. EM SEGUIDA, ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE MOSTRAM QUE QUANDO UM HISTORIADOR USA A EXPRESSÃO “A HISTÓRIA DIZ”, JUNTAMENTE COM ALGUM QUESTIONAMENTO CONTRÁRIO À BÍBLIA, NA VERDADE DEVERIA DIZER “UMA CORRENTE DE HISTORIADORES DIZ”.
“Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito:” (Lucas 4:16,17).
PARA RESPONDER A ALGUNS HISTORIADORES QUE MENCIONAM ARQUEOLOGIA PARA AFIRMAREM QUE O QUE LUCAS DIZ NA BÍBLIA NÃO PODE SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO COMO FATO HISTÓRICO, EU DEIXO QUE UM DOS MAIORES ARQUEÓLOGOS RESPONDA:
Sir William Ramsay, o mundialmente famoso arqueólogo DIZ: "Lucas é historiador de primeira categoria... Esse autor deveria ser colocado ao lado dos maiores dentre os historiadores" [William M. Ramsay, The Bearing of Recent Discovery on the Trustworthiness of the New Testament (Londres: Hodder & Stoughton, 1915), p. 222]. Isso, dado o cuidado de Lucas e a demonstrada confiabilidade, bem como o contato dele com testemunhas oculares dentro da primeira geração após os eventos, esse escritor é fidedigno.
TAMBÉM É IMPORTANTE DESTACAR QUE O livro de Atos dos apóstolos, sobrepõe-se significativamente com a história secular do mundo antigo, e a exatidão histórica de Atos é indiscutível. Isso foi recentemente demonstrado, novamente, por Colin Hemer, estudioso clássico que se voltou para os estudos neotestamentários, em seu livro The Book of Acts in the Setting of Hellenistic History [O Livro de Atos no Contexto da História Helenística].
Hemer vasculha o livro de Atos com um “pente fino”, tirando dele uma riqueza de conhecimento histórico, percorrendo desde o que seria conhecimento comum até detalhes que somente uma pessoa local saberia. Incessantemente, a precisão de Lucas é demonstrada: desde as navegações da frota alexandrina ao terreno costeiro das ilhas mediterrâneas até os peculiares títulos oficiais locais, Lucas está correto. De acordo com o professor Sherwin-White, "para Atos, a confirmação de historicidade é esmagadora. Qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica, mesmo em questões de detalhe, agora parece absurda" [Sherwin-White, Roman Society, p. 189].
MUITOS TAMBÉM AFIRMAM QUE NÃO HOUVE O DIÁLOGO ENTRE JESUS E PILATOS, DESCRITO NA BÍBLIA, PELO FATO DE PILATOS E JESUS FALAREM IDIOMAS NATIVOS DIFERENTES. MAS, SE É PARA ANALISAR NO CAMPO DA HISTÓRIA, O PRÓPRIO RACIOCÍNIO HISTÓRICO VIABILIZA A EXISTÊNCIA DO DIÁLOGO, PORQUE É INDUBITÁVEL QUE TANTO JESUS COMO PILATOS FALAVAM GREGO, ALÉM DE SUAS LINGUAS NATAIS:
JESUS FALAVA TAMBÉM O GREGO:
O historiador Flávio Josefo afirmou que Jesus ensinou a muitos judeus e gregos: “Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios” (Antiguidades 18.4.772, Edição CPAD). A palavra usada para “gentio”, na língua original, é ellenikos, “grego”. Há evidências disso também nos evangelhos (Mateus 4.25; João 7.35; 12.20, 21).
Não há dúvida alguma de que Jesus falava grego.
[Nota: FLÁVIO JOSEFO foi um historiador judeu nascido em Jerusalém quatro anos após a crucificação de Jesus de Nazaré, na mesma cidade. Devido a essa proximidade com Jesus em termos de tempo e lugar, seus escritos têm uma qualidade de testemunha “ocular” uma vez que eles se relacionam com todo o fundo cultural da era do Novo Testamento. Mas seu escopo é muito maior do que este, abrangendo também o mundo do Antigo Testamento. Suas duas maiores obras são Antiguidades Judaicas, revelando a história hebraica desde a Criação até o início da grande guerra com Roma em 66 d.C., enquanto a sua Guerra Judaica , embora tenha sido escrito primeiro, traz o registro da destruição de Jerusalém e da queda de Masada... https://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=174 ].
PILATOS FALAVA TAMBÉM O GREGO:
Como romano, a língua materna de Pilatos era o latim. Ele foi constituído governador da Judeia pelo imperador Tibério em 26 d.C. Na qualidade de representante de Roma, ele necessariamente teria que falar também o grego, a língua internacional da época, pois isso é pressuposto histórico de quem fazia parte da classe governante:
“Não obstante o latim ser apresentado por Virgílio como uma fonte unificadora de identidade, o bilinguismo em grego teve um papel primordial na tradição literária romana. [Moatti 2006, p.111]. Os romanos que recebiam educação de elite estudavam grego como língua literária e muitos dos membros da classe governante sabiam falar grego. [Rochette 2011, pp. 550–552]” .
PORTANTO, SE JESUS E PILATOS FALAVAM GREGO, COM BASES NAS EVIDÊNCIAS APRESENTADAS AQUI, O DIÁLOGO ENTRE ELES OCORREU EM GREGO.
Mesmo sendo o historiador Josefo uma testemunha histórica ocular a favor dos relatos bíblicos, os questionadores contrários ao fato de Jesus ser alfabetizado citam o argumento do silêncio, ou seja, na falta de registros que destaquem a importância da localidade de Nazaré na obra de Josefo, que sequer a cita, para justificarem suas afirmações de que Jesus seria analfabeto, porque em Nazaré todos seriam. De tão rudimentar que seria Nazaré (o que já analisamos, e demonstramos o argumento contrário, mais acima neste texto).
É preciso atentar que Josefo não escrevia um "blog" de viagens, se não havia motivo para citá-la, ou seja, se a localidade não era importante estrategicamente para os romanos, ele obviamente não a citaria. Mas isso só evidencia que Nazaré não era um importante centro, e não que Jesus estava impossibilitado de morar ali e aprender a ler e escrever para estudar as Escrituras.
Devido a não ter importância antes do nascimento de Cristo, Nazaré também não é mencionada no antigo testamento.
A SINAGOGA DE NAZARÉ:
OUTRA AFIRMAÇÃO, QUE BEIRA À IMATURIDADE INTELECTUAL, É A DE QUE EM NAZARÉ NÃO PODERIA EXISTIR A SINAGOGA DESCRITA NA BÍBLIA EM LUCAS 4:16, e sendo assim não teria existido o episódio da leitura de jesus mencionada em tal versículo.
CLARO E EVIDENTE QUE NA TÃO SIMPLES NAZARÉ NÃO HAVERIA UMA SINAGOGA COM AS CARACTERIÍSTICAS QUE UM CÉTICO, QUE NEGA AS ESCRITURAS, ACEITARIA. Decerto a referência feita por Lucas 4,16 refere-se a um quarto modesto ou simplesmente o encontro de judeus em torno de uma liturgia. TANTO PARA A BÍBLIA COMO PARA A HISTÓRIA OFICIAL, UMA IGREJA É UMA IGREJA INDEPENDENTEMENTE DE SUA CONSTRUÇÃO SER TRADICIONAL, OU SER UMA CABANA, OU SER UMA GRUTA, OU UM QUARTO ONDE HAJA O CONCEITO E RITO ESPIRITUAL. DA MESMA FORMA, O ESCRITOR BÍBLICO USA ACERTADAMENTE O TERMO SINAGOGA PARA O LOCAL ONDE HAVIA O RITO DE UMA SINAGOGA, INDEPENDENTEMENTE DE SUA CARACTERISTICA FÍSICA (inclusive, tal ambiente servia também de escola, onde Jesus se instruiu na lei, quando morava em Nazaré). SEJA A IGREJA, OU SEJA A SINAGOGA DO TEMPO DE CRISTO, O QUE A DEFINE COMO TAL NÃO SÃO NEM MESMO PAREDES E SIM O MOTIVO E O RITUAL QUE UNE AQUELES QUE ALI ESTEJAM REUNIDOS. POIS O TEMPLO ALI CONSUMADO É NA VERDADE ADEQUAÇÃO FÍSICA EXTERNADA DA IGREJA QUE HÁ EM CADA UM DE NÓS.
POR QUE O PRÓPRIO DEUS NÃO ESCREVEU DIRETAMENTE A BÍBLIA?
Observe este versículo: " Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor (João 5:39)". As Escrituras só existem para revelar a Deus, e Ele é Deus. ELE TUDO PODE E ESCOLHEU SER REVELADO POR SERES HUMANOS [mesmo inspirados, mas humanos] PARA QUE OUTROS SERES HUMANOS EXERÇAM O LIVRE ARBÍTRIO DE ESCOLHER TE OU NÃO FÉ. SIMPLESMENTE PORQUE DEUS É AMOR, E NÃO EXISTE AMOR SEM LIBERDADE DE ESCOLHA. DEUS COM UM SIMPLES GESTO VENCERIA O GRANDE CONFLITO ENTRE O BEM E O MAL, MAS ELE PERMITE QUE O CONFLITO PERMANEÇA O SUFICIENTE PARA EXERCERMOS COM AMOR, NOSSA LIBERDADE DE ESCOLHA.
É a mesma lógica pela qual o próprio Jesus não escreveu os evangelhos. Nós somos humanos que por nossas próprias atitudes falhas temos a tendência de buscarmos testemunhas para tudo, e por isso os escritores são a testemunha inspiradas sobre as revelações.
“E destas coisas sois vós testemunhas” (Lucas 24:48).
INCLUSIVE PODERIA EXISTIR APENAS 1 EVANGELHO, MAS EXISTEM 4 JUSTAMENTE PARA QUE DIFERENTES HOMENS, COM SUAS DIFERENTES CARACTERÍSTICAS CONTASSEM A BOA NOVA DE FORMA COMPLEMENTAR.
Ter narrativas diferentes sobre a pessoa e o ministério terreno de Jesus Cristo nos capacita a avaliar a veracidade da informação que temos sobre Ele.
Simon Greenleaf, uma autoridade bem conhecida e bem respeitada sobre o que constitui evidência confiável em um tribunal de justiça, examinou os quatro Evangelhos de uma perspectiva legal. Ele percebeu que o tipo de descrição dado pelas testemunhas oculares nos quatro Evangelhos, na qual um livro concorda com o outro, mas com cada escritor escolhendo omitir ou adicionar detalhes que os outros escolheram incluir ou omitir, respectivamente, é típico de fontes confiáveis e independentes que seriam aceitas em um tribunal como evidência forte.
É MUITO IMPORTANTE TAMBÉM RESSALTAR QUE OS ESCRITORES BÍBLICOS NÃO ESCREVERAM APENAS PARA A ÉPOCA QUE VIVERAM. ALGUNS COSTUMES RELATADOS ERAM DAQUELE TEMPO, E SERVIAM PARA ILUSTRAR A APLICABILIDADE DE PRINCÍPIOS, MAS, A PALAVRA DE DEUS, SEUS PRINCÍPIOS, FORAM ESCRITOS PARA TODOS OS TEMPOS. ESTA INTENÇÃO É CLARA NA PRÓPRIA BIBLIA:
“mas a palavra do Senhor permanece para sempre". Essa é a palavra que lhes foi anunciada (1 Pedro 1:25).
ENFIM:
Não importa se somos intelectuais ou analfabetos, se somos leigos, instruídos ou professores. Perante Deus somos todos alunos. E Quando um leigo ou um professor questiona Deus, não passa de um aluno pretencioso questionando o Mestre, e que de forma tendenciosa tenta impor o pouco que sabe, ou melhor, o pouco que Deus lhe permitiu saber. Pois, a ciência, seja humana, natural ou exata, nada mais é do que a tentativa de traduzir para melhor lidar com os fenômenos naturais criados por Deus, ou com os fenômenos individuais ou sociais das criaturas de Deus. O CONHECIMENTO SECULAR É UMA BÊNÇÃO OU UMA PERDIÇÃO, DEPENDENDO DE SER OU NÃO DESENVOLVIDO JUNTAMENTE COM A MANUTENÇÃO DA HUMILDADE. É A HUMILDADE QUE FAZ O HOMEM TRANSFORMAR CONHECER EM SABER (conhecimento pode ser ou não convertido em sabedoria). E É A FALTA DE HUMILDADE QUE FAZ O HOMEM SER ARROGANTE E NÃO ACEITAR QUE POR MAIS QUE ESTUDE E SE PREPARE INTELECTUALMENTE, HÁ UM SER INFINITAMENTE MAIOR QUE O CRIOU [lembro-me que em uma destas pós-graduações da vida, um professor me disse: “agora que você tem respostas científicas bem definidas, vai te dar embasamento para questionar a fé”. No que minha resposta foi: “Quanto mais me aprimoro cientifica e filosoficamente, mas tenho a fé fortalecida pois aumenta minha certeza de que só Deus poderia criar o que tento parametrizar cientificamente”].
Curiosamente, a maioria das pessoas que questionam a palavra de Deus, nem são os que se dizem ateus, e sim pessoas que dizem acreditar em Deus e no Salvador, mas questionam a veracidade da Bíblia ou de parte dela. Ora, isso é uma contradição, já que só existe cristianismo porque existe a Bíblia, ou seja, alguém é cristão porque recebeu o conhecimento do Livro sagrado, e se resolver afirmar que há falha na Bíblia, estará aceitando que há falha no sagrado, e se houvesse falha, não poderia ser sagrado.
TODA A BÍBLIA É VERDADE. HOMENS ESCREVERAM A BÍBLIA, MAS TAIS HOMENS FORAM INPIRADOS POR DEUS, E POR ISSO UM CRISTÃO NÃO PODE SE DIZER CRISTÃO E DIZER QUE ACREDITA EM DEUS MAS QUESTIONA A VERACIDADE DE PONTOS DA BÍBLIA, POIS:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça,” (2 Timóteo 3:16).
Leia também: “O HOMEM QUER DEBATER SEM BÍBLIA O QUE VEIO A ELE PELA BÍBLIA”: https://m.reavivandoesperanca.webnode.com/products/o-homem-quer-debater-sem-biblia-o-que-veio-a-ele-pela-biblia/
Valdir Antônio da Silva