ÉTICA E MORAL E SUA RELAÇÃO COM O CARÁTER E COM A RELIGIÃO

ÉTICA E MORAL E SUA RELAÇÃO COM O CARÁTER E COM A RELIGIÃO

 

Nunca se falou tanto de ética, justamente  pela gritante falta dela nos diversos setores da sociedade.

Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. Estes dois termos podem ser confundidos. Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que Moral é "um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade", e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório.

Já a palavra Ética, Motta (1984) define como um “conjunto de valores [interiores] que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a reflexão que dita a forma positiva que o homem deve se comportar no seu meio social. E moral deve ser o resultado prático desta ética em sociedade. Ética é o jeito de ser positivo, e moral deve ser a prática social deste jeito de ser positivo. 

No entanto, muitas vezes, de forma consciente o homem escolhe não desenvolver a ética [e claro que não intenciona declarar isso espontanemaente], e então sua moral social é compromotida [diz-se então antiético].

Quando um  homem não segue a ética, claro que não estará em sintonia com Deus. E mesmo seguindo uma ética, pode desenvolvê-la com alguns equívocos, o que leva a uma moral com também sérios equívocos.

Todos temos uma ética natural, a qual escolhemos seguir ou não, assim como desenvolver ou não. SEJA NUMA FILOSOFIA RELIGIOSA, OU MESMO NUMA FILOSOFIA SECULAR: “ÉTICA É A REFLEXÃO CONSCIENTE QUE ALÉM DE NOS PERMITIR DISTINGUIR O CERTO DO ERRADO, NOS MOTIVA A ESCOLHER AGIR CERTO”. [ver o link ÉTICA E MEDO no final deste texto].

 

HÁ QUEM DECIDA DESPREZAR ÉTICA E MORAL, E CLARO QUE ISSO SE AFASTA DE DEUS. E HÁ CASOS DE MORAL EQUIVOCADA PORQUE A MORAL INCORPORA AS REGRAS PARA VIVERMOS EM SOCIEDADE, REGRAS ESTAS QUE PODEM OU NÃO ESTAR EM SINTONIA COM A ÉTICA VERDADEIRA, POIS MUITAS SÃO DETERMINADAS PELA PRÓPRIA SOCIEDADE BASEADA APENAS EM SEUS HÁBITOS, PODENDO OU NÃO ESTAR EM SINTONIA COM DEUS. E É NESTE PONTO QUE A FILOSOFIA NÃO CRISTÃ ACEITA QUE A MORAL MUDE (INCLUSIVE AS DE BASE BÍBLICAS), E VALORES SE MODIFIQUEM CONFORME SEJA A CONVENIÊNCIA DA SOCIEDADE. A ÉTICA ESTUDA A MORAL, A ÉTICA INCLUSIVE CONTESTA A MORAL VIGENTE QUANDO ENTENDE QUE ESTA ESTEJA ULTRAPASSADA. AGORA CHEGAMOS NO PONTO CRUCIAL. QUANDO A ÉTICA SE DESENVOLVE COM BASE APENAS NA FILOSOFIA COMUM, VAI ACEITAR E JUSTIFICAR AS MUDANÇAS DE VALORES. JÁ A ÉTICA QUE SE BASEIA NUMA FILOSOFIA CRISTÃ NÃO ACEITA MUDANÇA NOS VALORES MORAIS QUE ESTEJAM EM SINTONIA COM A BÍBLIA. HÁ PESSOAS NÃO RELIGIOSAS MAS QUE AO MENOS TEM ÉTICA REAL QUE ESTÁ EM SINTONIA COM VALORES DE DEUS (isto não significa que Jesus seja dispensável no contexto da salvação). “ÉTICA É A REFLEXÃO. E MORAL É A PRÁTICA DESTA REFLEXÃO NA SOCIEDADE”. POR ISSO MUITOS PENSADORES AFIRMAM QUE A ÉTICA É A REFLEXÃO SOBRE A MORAL. A CONSCIÊNCIA MORAL DE CADA UM É ALGO TÃO PARTICULAR QUE DEVEMOS RESPEITAR, DESDE QUE NÃO OFENDA O DIREITO DOS DEMAIS. MAS, O FATO DE RESPEITARMOS NÃO SIGNIFICA QUE DEVEMOS CONCORDAR E SEGUIR, QUANDO ENTENDEMOS SER ALGO QUE DESTRÓI AO INVÉS DE EDIFICAR.

Tg 1.21: “Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas”.

Fp 1.27: “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”.

 

SENDO A MORAL UM CONJUNTO DE NORMAS PRÁTICAS QUE REGULAM O COMPORTAMENTO SOCIAL DO HOMEM, E A ÉTICA UM CONJUNTO DE VALORES QUE ORIENTAM A MORAL, O COMPORTAMENTO DO HOMEM EM RELAÇÃO AOS OUTROS HOMENS, PODEMOS DIZER QUE:

 

“Caráter bom ou mal, do ponto de vista social, é medido a partir da ética como ato de interação benéfica ou nociva a outras pessoas. Um pecado quando não prejudica o direito de outrem não é uma falta de caráter social. Quanto ao caráter individual cristão, desde que não desrespeite a vontade e o direito de terceiros, é só entre cada um e Deus, pois apesar do plano da salvação ser coletivo, a salvação é individual”.

 

É IMPORTANTE RESSALTAR QUE ÉTICO É O HOMEM CUJO CONJUNTO QUE CARACTERIZA SUA CONDUTA SE REVERTE EM PRÁTICA DE MORAL EDIFICANTE (e pode e deve descrever o que ético ou antiético). MAS ALGUÉM SÓ PODE SER REFERENCIAL PARA A ÉTICA DE OUTRO ALGUÉM SOBRE UM ATO ESPECÍFICO SE TIVER SIDO PROVADO NAQUILO, E AGIDO BEM (aprovado na provação). 

EM OUTRAS PALAVRAS, SE VOCE NÃO SENTIU NA PELE UMA DIFICULDADE, NÃO PODE SER REFERENCIAL SOBRE ELA. NA VERDADE, PODEMOS JULGAR ERROS CONCRETOS, MAS NÃO PODEMOS NOS ELEGER REFERENCIAIS SOBRE ERRO ESPECIFICO SE NUNCA FOMOS PROVADOS EM TAL TEMA ESPECÍFICO. 

DE FATO PODEMOS JULGAR FATOS CONCRETOS, MAS SÓ DEUS PODE JULGAR AS INTENÇÕES REFERENTES A TAIS FATOS, ASSIM COMO SÓ DEUS PODE CONDENAR ESPIRITUALMENTE.


É O MESMO ERRO QUE COMETEMOS QUANDO SUBIMOS AOS PÚLPITOS DAS IGREJAS PARA AO INVÉS DE FALAR DE DEUS, NOS OCUPARMOS MAIS EM APONTAR E CONDENAR OS OUTROS, MUITAS VEZES SOBRE COISAS QUE NÃO FOMOS PROVADOS (ou fomos, não agimos bem, guardamos para nós mesmos, mas condenamos os outros publicamente sobre o mesmo erro).

 

EM OUTRAS PALAVRAS, SE VOCE NÃO SENTIU NA PELE UMA DIFICULDADE NÃO PODE SER REFERENCIAL SOBRE ELA. NA VERDADE, PODEMOS JULGAR ERROS CONCRETOS, MAS NÃO PODEMOS NOS ELEGER REFERENCIAIS SOBRE ERRO ESPECIFICO SE NUNCA FOMOS PROVADOS EM TAL TEMA ESPECÍFICO. E AMPLIANDO ESSE PONTO, COMO CRISTÃOS, NÃO PODEMOS OCUPAR O LUGAR DE DEUS NO JULGAMENTO DE INTENÇÕES E NA CONDENAÇÃO ESPIRITUAL [“As intenções são visíveis apenas aos olhos de Deus, para que só Ele as julgue. Mas o homem insiste em usar os óculos da intolerância na vã tentativa de imitar os olhos de Deus” (Valdir Antônio da Silva). Ver texto sobre a “prudência em julgar o caráter e a motivação”: https://m.reavivandoesperanca.webnode.com/products/quando-tudo-for-pedra-atire-a-primeira-flor-reflita-antes-de-julgar-condenar-e-difamar-o-teu-irmao/

 

Os valores éticos e morais contidos na Palavra de Deus são absolutos, imutáveis e insubstituíveis.

E É FUNDAMENTAL QUE TENHAMOS EM MENTE QUE DEVE HAVER ÊNFASE ÉTICA TAMBÉM NO EXERCÍCIO DE “SER RELIGIOSO”. Não adianta ser religioso e achar que simplesmente fazer parte de uma religião faz alguém ter garantia de salvação e que quem não professa a mesma fé está automaticamente cultuando a perdição. Não adianta ser religioso e ser indiferente ao sofrimento alheio, pois. Afinal, o Senhor define qual é a religião verdadeira (que estranhamente muitos alegam nem existir tal definição de religião na Bíblia. Mas, existe):

“A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo” (Tiago 1:27). Em outras palavras: Temos que ter uma conduta de fé no Salvador que nos distinga como obedientes a Deus, e como resultado desta fé verdadeira iremos ter solidariedade sincera para com as pessoas. E esta postura começa em casa. Não adianta amar e ajudar a todos e ser intolerante e desamoroso com os de casa [Veja este ponto na íntegra em nosso texto “O CONCEITO BÍBLICO DE RELIGIÃO”: https://m.reavivandoesperanca.webnode.com/products/conceito-biblico-de-religiao/ ].

 

Leia também: "ÉTICA E MEDO": 

https://m.reavivandoesperanca.webnode.com/products/etica-e-medo/

 

 

Valdir Antônio da Silva


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