PROFECIAS: o Juízo investigativo em cinco estudos resumidos – estudo V (o apagamento do pecado e o fim do milênio)
O Apagamento do Pecado
Aqueles cujos registros da vida são examinados no juízo investigativo têm os seus nomes ou os seus pecados apagados. “Quando alguém tem pecados que permanecem nos livros de registros, para os quais não houve arrependimento nem perdão, seu nome será omitido do livro da vida”. Por outro lado,
Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu ; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna. — GC 483.
Ellen White encoraja seus leitores a confessar seus pecados e crer que Deus os perdoará. Ela escreve:
Temos a preciosa promessa de que todo o pecado, do qual houve sincero arrependimento, será perdoado. Voltar para Deus com a alma em contrição, clamando os méritos do sangue de Cristo, nos trará luz, perdão e paz. mas precisamos nos voltar para o Senhor com inteireza de propósito no coração, com a decisão de sermos praticantes das palavras de Cristo. Algumas vezes nossos pecados virão à mente e lançarão uma sombra sobre nossa fé; de forma que não possamos ver nada além de uma merecida punição acumulada para nós. Mas em tais ocasiões, enquanto sentimos tristeza pelo pecado, devemos olhar para Jesus, e crer que Ele perdoou nossas transgressões. — RH 13-01-1891, pp. 17.
Podemos ter hoje no Céu um registro limpo, e saber que Deus nos aceita. — 7 BC 989.
O apagamento do pecado, que têm lugar “na obra final de julgamento” (4 SP 309) será seguido pelo encerramento do tempo de graça ( GC 434 ), a colocação de todos os pecados confessados sobre Satanás (PE. 280-1), o tempo de angustia (3 SG 134), as sete últimas pragas (PE. 36), e a segunda vinda de Cristo (GC 485).
O Juiz
E o “Ancião de Dias”, “o Juiz de toda a terra”, “Deus Pai”, quem preside o juízo investigativo (GC 479). Enquanto o Pai preside, o Filho, de acordo com I João 2:1 e Hebreus 9:24, aparece como Intercessor e Advogado, dos pecadores “a fim de pleitear em favor deles perante Deus” (GC 482). “Jesus permanece no santíssimo”, é-nos dito, “agora para estar na presença de Deus por nós. Lá Ele não cessa de apresentar o seu povo, momento a momento, perfeitos nEle mesmo” (7 BC 933).
Enquanto o Juízo investigativo não for completado Cristo não assumirá o cargo de Juiz supremo. Ellen White declara:
Aqueles que permanecido como nosso intercessor, que ouve todas as orações de penitência e confissões; que é representado como arco-íris, o símbolo de graça e amor, circundando Sua cabeça, está prestes a cessar Seu trabalho no santuário celestial. A Graça e a misericórdia então descerão do trono e a justiça lhes tomará o lugar. Aquele para quem Seu povo têm olhado assumirá o que é Seu por direito – o cargo de Supremo Juiz. — 7 BC 989.
Cristo é o juiz que pronunciará a sentença de recompensa ou punição, Aquele apontado para “exercer o juízo” (DTN 190). Ellen White explica ainda:
O Pai não julga o homem, mas confiou todo o julgamento para o Filho. Ele Lhe tem dado autoridade também para executar o julgamento, porque Ele é o Filho do homem…
Deus designou que o Príncipe dos sofredores da humanidade devesse ser juiz de todo o mundo. Ele, que veio das cortes celestiais para salvar o homem da morte eterna; Ele, a quem os homem desprezaram, rejeitaram, e sobre quem acumularam todo o desprezo no qual seres humanos inspirados por Satanás são capazes; Ele, que se submeteu ser acusado diante de um tribunal terreno, e que sofreu a ignominiosa morte de cruz, — Somente Ele deve pronunciar a sentença de recompensa ou de punição…
Naquele dia de punição e recompensa final ambos, santos e pecadores, reconhecerão nAquele que foi crucificado, o Juiz de todos os vivos. — RH, 22-11-1898, pp. 745.
Indubitavelmente, é à luz disto – que Cristo executa o julgamento — que as citações seguintes devem ser entendidas:
Há somente um Juiz, — Aquele que morreu por nós, que tomou sobre Si nossa natureza e todas as enfermidades da humanidade, para que pudéssemos ser colocados em uma posição vantajosa diante de Deus. — RH. 19-01-1905, pp. 9.
O Pai não é o Juiz. Os anjos também não. Aquele que tomou sobre si a humanidade, e neste mundo viveu uma vida perfeita, deve julgar-nos. Somente Ele pode ser nosso Juiz. Vocês se lembrarão disto irmãos? Vocês se lembrarão disto ministros? Vocês pais, e mães, se lembrarão disto? Cristo tomou a humanidade para que pudesse ser nosso Juiz. — 9 T 185.
O Fim do Milênio
Durante os mil anos que se seguem ao retorno de Cristo, os santos se unirão com o Senhor no julgamento dos ímpios (GC 657). No fim do Milênio o drama alcança seu apogeu quando “O mundo ímpio todo achava-se em julgamento perante o tribunal de Deus” (GC 665).
Que cena solene será esta! Que ajustamento de contas terá de ser feito por pregarem na cruz Aquele que veio ao nosso mundo como uma vivi mensagem da lei. Deus fará a cada um a pergunta: Que você fez com meu Filho Unigênito? Que responderão aqueles que recusaram aceitar a verdade? Eles serão obrigados a dizer, “Nós odiamos a Jesus, e O lançamos fora”. — 5 BC 1106-7.
Diante da assembleia dos habitantes do universo Cristo pronuncia sentença sobre os rebeldes contra Seu governo. Abrem-se os livros de registro e os ímpios se tornam concisos de todo pecado cometido (GC 663). “A vida toda virá em revista como cenas em um panorama” (RH 04-11-1884, pp. 690). Os pecados de todos os ímpios serão abertamente conhecidos, nada será encoberto. Ellen White declara:
Quanto o Juízo se assentar, e os livros foram abertos, haverá espantosas revelações… Pecados secretos serão então expostos à vista de todos. Motivos e intenções que foram encobertos nas câmaras escuras do coração serão revelados. Ambições astuciosas, propósitos egoístas serão vistos onde a aparência exterior contava apenas sobre um desejo de honrar a Deus e fazer o bem aos homens… Professores ambiciosos, hipócritas, podem agora ser admirados e exaltados pelos homens; mas Deus, que conhece os segredos do coração, descobrirá a cobertura enganosa, e os revelará como eles são. Todo hipócrita será desmascarado. — RH 01-01-1884, pp. 2.
Naquela hora solene e terrível a infidelidade do esposo será declarada para a esposa, e a infidelidade da esposa, para o esposo. Pais serão informados, pela primeira vez, qual foi o caráter real de seus filhos. — RH 27-03-1888, pp. 194.
O fruto de cada exação egoísta e arbitrária tornar-se-á claro, e os homens verão os resultados de seus feitos como Deus mesmo vê. — TM 224. (Ver também VE. 241-2).
Então os pecados serão confessados, e a confissão será pública (RH 16-12-1889, pp., 770). Muito tarde para beneficiar o malfeitor ou salvar outros da decepção, a confissão somente testificará que a condenação dos pecadores é justa. Mesmo “Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença”. (GC. 667). Isto, naturalmente, é o propósito primário de todo o processo de julgamento. Esta é a forma de Deus vindicar Seu próprio caráter e Seu governo. É o Seu método de convencer o universo de que Ele tem sido eminentemente honesto e justo em todos Seu procedimento para com os homens e anjos desde que o tempo começou.
A cena do julgamento terá lugar na presença de todos os mundos; pois neste julgamento o governo de deus será vindicado, e Sua lei será apresentada como “santa, justa, e boa”. Então cada caso será decidido, e a sentença será pronunciada sobre todos. O pecado então não parecerá atrativo, mas será visto em toda sua terrível magnitude. — 1 BC 986.
Este grandioso clímax de toda a história estava frequente na mente de Ellen White. Ela escreve:
Quando falando para congregações, está sempre diante de mim o julgamento final, o qual será realizado na presença do mundo, quanto à lei do governo de Deus será vindicada, Seu nome glorificado, Sua sabedoria reconhecida e confessada como justa por crentes e incrédulos. Este não é o julgamento de uma pessoa, nem de uma nação, mas de um mundo todo, composto de seres inteligentes, de todos os tipos, de todas as espécies. O julgamento será primeiro sobre os mortos, depois sobre os vivos, e então o universo inteiro será congregado para ouvir a sentença. Eu me sinto como se estivesse na presença de todo o universo do céu, levando minha mensagem para o tempo e para a eternidade. — Carta 109, 1898.
No dia do juízo final, toda alma perdida compreenderá a natureza de sua rejeição da verdade. A cruz será apresentada, e sua real significação será vista por todo espírito que foi cegado pela transgressão. Ante a visão de Calvário com Sua misteriosa Vítima, achar-se-ão condenados os pecados. Toda falsa desculpa será banida. A apostasia humana aparecerá em seu odioso caráter. Os homens verão o que foi sua escolha, Toda questão de verdade e de erro, na longa controvérsia, terá então sido esclarecida. No juízo do Universo, Deus ficará isento de culpa pela existência ou continuação do mal. Serão demostrados que os decretos divinos não são cúmplices do pecado. Não havia defeitos no governo de Deus, nenhum motivo de desafeto. Quando os pensamentos de todos os corações forem revelados, tanto os leais como os rebeldes se unirão em declarar: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem Te não temerá, Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque os Teus juízos são manifestos”. (Apocalipse 15: 3 e 4). — DTN. 48.
2 MANDAMENTOS CERIMONIAIS
O Cristianismo possui 2 mandamentos cerimoniais (cerimônias simbólicas, ritos): O Batismo e a Ceia do Senhor. Para instituir a Ceia, Jesus disse que não beberá o suco da uva até que este rito termine:
(Lucas 22:18) – Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus.
Quando a Ceia do Senhor acaba? Quando vir o reino de Deus, e o Dia do Juízo.
Jesus prometeu que não tomará mais suco de uva, enquanto isso não ocorrer. Mas nós tomamos, como fé nEle. Percebe o significado todo especial?
Ritos são sempre passageiros.
Mas os mandamentos morais são eternos. No Céu não será permitido matar, roubar e nem violar o sábado. O Sábado foi dado num mundo sem pecado (Gênesis 2:1-3) e continua a existir na Nova Terra (um mundo sem pecado). Veja Isaías 66:22-23.
Paulo e o Sábado: Paulo jamais afirma que não devemos guardar o sábado ou que devemos comer porco. Busque no novo testamento Paulo dizendo “Não guardem o sábado” ou “Comam Porco!”. Não encontrará nada. Suas passagens são distorcidas pelos falsos ensinadores para parecer isso.
Por exemplo: Quando ele diz que os fracos comem legumes (Romanos 14:2) não está se referindo as sagradas leis do antigo testamento. Adão e Eva viviam num mundo em que animais não morriam e somente comiam frutas. Eram fracos? Lógico que não! Dentro do contexto, Paulo está se referindo ao ato de comer ou não comer alimentos dos ídolos. O forte vai na festa de Apolo ou Diana e come de tudo pois sabe que Diana não existe. O Fraco tem medo, então come legumes (pois bem no fundo do coração tem dúvidas de sua fé em Cristo). No entanto, os cristãos que comem alimentos dos ídolos podem escandalizar os fracos na Fé. Olha o que Paulo falou disso:
(I Corintios 8:13) – Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
É profundo o pensamento de Paulo. Em uma passagem ele diz que o fraco come legumes e em outra afirma que ele mesmo parará de comer carne para salvar um irmão! (dentro da explicação dos alimentos sacrificados aos ídolos). Estas passagens são pegas pelos falsos ensinadores e aplicadas como crítica aos que obedecem a lei de Deus de proibição de comer porco. Paulo jamais tencionou isso.
Valdir Antônio da Silva